A partir das considerações de Hannah Arendt sobre a condição humana, realiza-se
uma leitura do conto “Terra à vista”, de Evando Nascimento, como paródia da ficção científica,
além de questionamento ético sobre o futuro da humanidade. Como nos livros anteriores,
também em Cantos profanos a sua escrita encena questões, como: por que é que buscamos
saber o que viemos fazer na Terra? Qual a razão de conservamos ainda hoje a ideia utópica da
existência de Deus? Haverá um próximo estágio para a condição humana, dentro ou fora do
planeta? Num futuro não muito distante, será possível ao homem adiar infinitamente a morte?
Qual é o peso de cada afeto? O que seria hoje o que se chama a humanidade?