Este texto tem por objetivo apresentar e investigar a hipótese de que o horror da
textualidade, aqui entendido como a possibilidade de que o jogo de (auto)referências (sub-/con-
)textuais a que a ficção e a realidade empírica atuais têm se atido e constituído, revele que não
há fora-de-texto e seja, ao mesmo tempo, a textualidade das Trevas, o modo como tem se dado
a estetização das Trevas por meio da ficção gótica, sua gramatologia, na contemporaneidade e
na tradição do gótico; e um paradigma existencial tornado literatura e arte, dramatizado pela
literatura e pelas demais artes, por meio desse mesmo fazer ficcional, o que equivale a
(re)afirmar que o gótico é um modo de pensar a existência, uma forma de conhecimento.
Palavras-chave: Gótico; Ficção de terror; Horror da textualidade; Desconstrução