No presente trabalho pretendo compreender as particularidades de uma vertente
específica do Gótico literário: o Gótico feminino, e investigar sua existência na literatura
brasileira oitocentista. Para tal feito, proponho a leitura das obras Úrsula (1859), de Maria
Firmina dos Reis, D. Narcisa de Villar (1859), de Ana Luísa de Azevedo e Castro e A Rainha do
Ignoto (1899), de Emília Freitas. Minha hipótese é a de que as convenções do Gótico feminino
tenham oferecido às escritoras brasileiras recursos estilísticos e imagéticos para retratarem a
difícil condição da mulher na sociedade.
Palavras-chave: Gótico; Literatura brasileira; Século XIX; Literatura feminina.