O presente artigo propõe levantar discussões acerca da produção literária de autoria
feminina no Brasil como fator de descolonialização frente à sociedade patriarcalista, a partir do
estudo da obra Lutas do Coração (1999), de Inês Sabino, que aborda, dentre outros temas, a
maneira como as conveniências sociais modificam as trajetórias das personagens e as levam a
cometerem ações contra sua vontade. Escapar desse processo excludente de organização requer
assumir um pensamento descolonizador, sob o ponto de vista de quem está de fora do discurso
dominante. Pautado na pesquisa bibliográfica, as discussões deste trabalho serão conduzidas à
luz dos estudos de Beauvoir (1970), Mignolo (2008), Araujo (2008), Alves (2012), e outros.