A polêmica travada entre Bruno Tolentino e Augusto de Campos nas páginas de O
Estado de São Paulo em 1993 foi tratada como um caso de insolência por parte de Tolentino.
Porém, por trás dela, existem duas concepções contrárias da literatura brasileira. Enfraquecendo
a posição de Bruno Tolentino está seu desconhecimento de que sua concepção tem raízes em
Joaquim Nabuco e em Gilberto Freyre. Ao mesmo tempo, a polêmica como estratégia de entrada
no ambiente literário brasileiro tem raízes ainda mais antigas, remetendo à polêmica iniciada por
José de Alencar a respeito da Confederação dos Tamoios.