A partir da escrita do eu-narrador de Uma história de família, pretendo argumentar
que a novela de Silviano Santiago é a encenação de uma escrita em desabrigo, na qual a
“remontagem” da história familiar apresenta-se incompleta, pois estaria interditado o acesso à
genealogia familiar, por sua vez apresentada como falta. A recuperação da história é um gesto
incansável que aciona uma escrita memorialística sui generis, por sua vez e no entanto sempre
frustrada em seu intento de delimitar o “verdadeiro cerne” do te(x)to familiar.
Palavras-chave: Silviano Santiago; história; arquivo; literatura brasileira.