Neste texto serão abordadas questões relacionadas a poder e autoritarismo na
virada para o séc. XX no Brasil, durante a República Velha, nos romances Recordações
do escrivão Isaías Caminha e Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto. A
imprensa e o Estado podem ser vistos enquanto instrumento de exercício do poder no
discurso dos narradores, que, por vezes, tomam emprestado o olhar do homem comum,
pertencente às classes menos favorecidas. E, passados mais de cem anos, poderemos
constatar que muitos aspectos dos relatos e denúncias contidos em sua obra permanecem
atuais.
Palavras-chave: Lima Barreto; República Velha; Autoritarismo; Impre