Ariane de Andrade da Silva (UERJ), Cláudia Maria de Souza Amorim (UERJ)
Este artigo pretende uma leitura do livro Caderno de Memórias Coloniais (2009), de Isabela
Figueiredo, sob a ótica da rememoração do período colonial permeada por um discurso pessoal,
que discute questões relativas ao 25 de Abril de 1974. A narrativa, em tom autobiográfico,
revela testemunhos e atravessa a infância de Isabela que, num diálogo póstumo com o pai, é a
memória da segunda geração, filha de uma primeira geração que presenciou e experimentou o
colonialismo, e que fora marcada pelo silêncio. Assim, espera-se discutir de que formas o
desenvolvimento da personagem-protagonista se encontra atrelado ao contexto colonialista
português e, como, nesse processo, a memória contribui na reconstituição do que foi.