Este trabalho pensar a discussão sobre a realização da poesia como um ato político e
como uma das ferramentas de tentativa de abertura e cultivo de uma esfera pública.
Consideremos, então, a poesia como um dispositivo de pensamento e de resistência, de
comunicação e de desnaturalização da violência; com a cautela de não submetê-la à ideia de arte
como panaceia para os males do mundo. Para tanto, há aqui um breve estudo de um dos poemas
de Impossível como nunca ter tido um rosto (2015), um dos mais recentes livros do múltiplo
artista, poeta e editor, Ricardo Aleixo, à luz das questões contemporâneas de resistência,
liberdade e experiências estéticas e políticas transformadoras.