Maria Fernanda dos Santos (UNICENTRO), Maria Salete Borba (UNICENTRO)
A partir da obra poética de Cacaso, integrante do Movimento Poesia Marginal ou
Geração Mimeógrafa, reunida na antologia LERO-LERO (2002), pretende-se analisar o lugar
que a memória marginal ocupa (por meio da figura do anjo) em sua poesia. Em um primeiro
momento, o ímpeto é investigar quais são as facetas que o anjo assume e constatar a emergência
de uma escrita hagiográfica em sua lírica; buscar-se-á, em um segundo momento, compreender
de que maneira a memória é resgatada dentro dos poemas de Cacaso. O conceito de memória
que permeará esse trabalho é “memórias marginais” de Michael Pollak em “Memória,
Esquecimento, Silêncio” (1989), que diz respeito às memórias subterrâneas, marginalizadas.