O texto concentra sua atenção no panorama da cena contemporânea de poesia em Juiz
de Fora, utilizando o sarau ECO – Performances Poéticas como estopim para o pensamento
dessa formação de um cenário. A cena é constituída por certo intercâmbio de capitais externos –
a macroestrutura – e internos – relativos à própria cena – a partir de seus agentes; enfim, um
campo simbólico e uma produção de presença. O evento foi criado com o intuito de respeitar os
processos de alteridade da voz, atravessando o limite do corpo sem rompê-lo. A vocalidade
reintegra um ato perdido por nós: o desejo de restabelecer a unidade da performance. Esse é um
ato de presença e, por isso, não é possível abordar a performance de maneira unívoca.
Palavras-chave: cena contemporânea de poesia; ECO – Performances Poéticas; poesia contemporânea brasileira; vocalidade; performance.