Bia Crispim de Almeida (UFRN), Márcio Venício Barbosa (UFRN)
Esse trabalho faz uma análise da obra Acenos e Afagos (2008) de João Gilberto Noll a
partir da relação entre os mecanismos da artificialização barroca desenvolvidas por Severo Sarduy
(1979), a saber, substituição, proliferação e condensação, oriundos do conceito da artificialização
barroca proposta por Rousset (1960), em confronto com a teoria da esquizoanálise, definida por
Deleuze e Guatarri (2014). Tais teorias se apresentam como complementares, a medida em que
os mecanismos da linguagem artificializada dá margem para o aparecimento de um personagemnarrador
entregue ao devir e às múltiplas possibilidades de subjetivação do ser, numa narração
que, da mesma forma que o personagem, desdobra-se em uma linguagem esquizoide.
Palavras-chave: artificialização, barroco, devir, esquizoanálise, identidade em trânsito, linguagem