O valor literário será observado, aqui, a partir de um ângulo comparativo e
diacrônico. O artigo analisa restritivamente certa concepção de crítica literária – sobretudo a
que se verifica nos parâmetros dos estudos culturais de extração norte-americana –, segundo a
qual toda forma de valoração deveria ser posta em suspenso, em favor de um viés interpretativo
e imune às esferas de poder. A partir do contraste entre os mais diversos métodos críticos,
emerge o entendimento de que a democratização da literatura depende fundamentalmente de
uma axiologia rigorosa e responsável.