Tomando por base o conceito de mimesis, ancorado na noção de imitação, que
ancora todo o pensamento grego sobre a Arte, venho, neste trabalho, discutir este conceito em
Luiz Costa Lima que associa mimesis à modernidade. O verbo representativo da identidade, o
verbo ser, transforma os dois lados da enunciação(sujeito e predicado)na mesma coisa. Esta
operação tautológica perpassa toda a linguagem ocidental desde os gregos.A partir do século
vinte,com o advento do cinema e da Arte Moderna, não estamos mais diante da imitação mas
do simulacro e da apresentação da imagem. No Cinema cai o verbo de identidade uma vez
que as imagens se apresentam de forma sucessiva. Neste momento cai este arcabouço
tautológico. Não podemos esquecer das linguagens do Oriente, das linguagens das culturas
tribais e de tudo que não é contemplado por este nosso eurocentrismo exacerbado .A mimesis
fica então datada como um fenômeno histórico da herança clássica que se vê confrontada com
novas formas de expressão.