O cinqüentenário da morte de Machado de Assis, em 1959, foi marcado pela produção de extensa bibliografia, para a qual colaboraram os nomes mais destacados da crítica literária brasileira. Em meio ao roteiro da consagração construído em torno de Machado de Assis, o livro homônimo de Agripino Grieco (1888-1973), publicado pela José Olympio, vinha destoar em meio aos estudos voltados à obra machadiana, pelo tom hostil com que investia contra o autor de Dom Casmurro. Como era de se esperar, não faltaram manifestações, entre os críticos brasileiros, contrárias à obra de Agripino, dentre elas, a “Carta aberta a Agripino Grieco”, de Augusto Meyer (1902-1970), publicada em 23 de maio de 1959, n’O Estado de São Paulo. Uma semana mais tarde, a carta aberta de Meyer aparecia no Correio da Manhã do Rio de Janeiro e, por fim, será reproduzida no segundo número da Revista da Sociedade de Amigos de Machado de Assis. O objetivo da comunicação é recuperar a famosa querela ao redor de Machado de Assis, na qual estiveram envolvidos Agripino Grieco e Augusto Meyer, tendo em vista, por um lado, a relação entre polêmica e imprensa, por outro, o contexto da crítica no Brasil, marcado, em 1959, pela extensa machadiana em comemoração aos cinqüenta anos da morte de Machado de Assis.
Palavras-chave: MACHADO DE ASSIS, CINQUENTENÁRIO, POLÊMICA, CRÍTICA