PATRÍCIA VALÉRIA VIEIRA DA COSTA, ELI BRANDÃO DA SILVA
Este artigo tem por finalidade discutir sobre questões de regionalismo e regionalidades na Literatura Brasileira Contemporânea. Objetivamos evidenciar, em meio a uma rede de produções diversificadas que multifacetam a literatura atual, a persistência da literatura regionalista por meio da regionalidade, no que tange as marcas da região como uma representação simbólica que reconfigura a reflexão sobre o homem. Em outras palavras, pretendemos concluir que a literatura regionalista na contemporaneidade promove, independente da localidade específica (rural ou urbana), a ambientação de determinada região, macro ou micro, como um meio de simbolicamente representar o homem contemporâneo e suas problemáticas, por vezes, existenciais. Para tanto, faremos uso de dois romances considerados regionalistas, a saber, Sob o peso das sombras (2004) e Dois Irmãos (2000), de Francisco José Dantas e Milton Hatoum, respectivamente, na procura por traços de regionalidade que imputem essa nova maneira de ser fazer regionalista. Desta maneira, investigaremos a forma como ambos, por meio dos mecanismos da memória, ambientam os lugares de origem/pertença e como, por meio deles, recriam e/ou ressignificam o modo de representar o outro. Para fundamentar a discussão, traremos um aporte teórico sobre a representação contemporânea do regionalismo por meio de teóricos e críticos como Chiappinni (2013), Santini (2011), Galvão (2000) e outros.
Palavras-chave: REGIONALISMO, REGIONALIDADE, LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA