O presente trabalho tem o intuito de analisar como a literatura refigura o passado, ao passo que esta utiliza os documentos históricos para construção do seu ambiente ficcional, dialogando a cerca das relações estabelecidas entre os sujeitos coloniais representados no romance Desmundo da autora Ana Miranda. Para tanto, busca-se refletir sobre as críticas e questionamentos em torno da construção da nação brasileira através de releituras históricas e literárias. Com base no pressuposto de que a fundamentação teórica desta ficção está construída sobre alicerces históricos. O estudo feito embasa-se em pesquisas bibliográfica as teorias de Linda Hutcheon unida a escrita de Zilá Bernd para serem suportes de compreensão e análise a escrita de Ana Miranda, ponderando que a vertente de sua obra problematiza e amplia o saber histórico, o que permite a construção de verdades históricas e não mais uma “verdade” absoluta e inquestionável.