Ao longo de vários séculos, palácios mentais, salões vazios, construções desertas, teatros de madeira, baús, caixas e livros abrigaram e ainda abrigam lembranças individuais e coletivas. Atualmente, os aparelhos eletrônicos e os espaços virtuaistambém têm armazenado e arquivado diversos documentos, transformando-se em importantes materialidades físicas memorialísticas. Com o objetivo central de investigar a perspectiva arquivística e memorialística da rede social Facebook, este artigo analisa as mudanças e interferências que os arquivos virtuais provocaram no modo como o homem se relaciona com a memória.O Facebook pode ser comparado a um lócus da memória da Antiguidade? Como os loci virtuais funcionam? Quais textos são postados e quem é o arconte desses arquivos? Perguntas como essas nortearam esta discussão e revelaram um pouco mais sobre as estratégias arquivística e memorialísticasdos “escritores” antigos e contemporâneos.