Anais
RESUMO DE ARTIGO - XV ENCONTRO ABRALIC
AS CONTRIBUIÇÕES DE JOSÉ GUILHERME MERQUIOR PARA A CANONIZAÇÃO DA POESIA MODERNISTA BRASILEIRA: GERAÇÃO 22.
THAÍS AMÉLIA ARAÚJO RODRIGUES, JOSÉ WANDERSON LIMA TORRES
Propõe-se explicitar as contribuições de José Guilherme Merquior (1941-1991) para o processo de canonização, da Primeira Geração da poesia modernista brasileira (1922). Vale ressaltar a importância do Modernismo para atualização da literatura brasileiro século XX. De todos os estilos de época de literatura no Brasil, o modernismo foi o mais ousado, compartilhando das ideias inovadoras das vanguardas europeias. Situando -se como um dos maiores intelectuais brasileiros da segunda metade do século passado, durante três décadas (1960, 70 e 80) de sua produtividade, Merquior investiu criticamente na valorização do legado da geração de 1922, bem como do modernismo brasileiro em geral. Com isso a importância e influência públicas de seus ensaios contribuíram para o reconhecimento de poetas como Mário de Andrade, Oswald Andrade, Cassiano Ricardo e outros. A obra de José Guilherme Merquior é importantíssima para a compreensão da literatura brasileira. Miguel Reale destaca a valorização da obra de Merquior, no livro Figuras da Inteligência Brasileira (1994). Em seu texto, Reale reafirma tese de que a obra de Merquior precisa ser vista com maior rigor, na verdade ele é defensor da ideia de que independente das aspirações políticas de Merquior, no que diz respeito a crítica literária Merquior foi, e sempre será importante. Em 2012, a editora É Realizações recebeu o direito de publicação dos livros do ensaísta carioca e um acervo com 2 000 itens, o professor e crítico literário João Cezar de Castro Rocha recebeu a incumbência de coordenar a nova coleção, a biblioteca José Guilherme Merquior, que deverá reunir toda a obra conhecida do crítico literário carioca. A coletânea trará também alguns textos inéditos de Merquior, já saíram cinco exemplares: Razão do Poema (1965), Verso Universo em Drummond (1972), A Estética de Lévi-Strauss (1973) e De Anchieta a Euclides breve história da literatura (1975) e Formalismo e Tradição Moderna (1974). Antes de tudo Merquior era um intelectual engajado, desde cedo mostra interesse pelas artes em geral, não só pela literatura, mas pintura, cinema e escultura. Defendia suas ideias de maneira extremamente racional, o conhecimento imenso, adquirido ao longo da vida fizeram dele um crítico autônomo. Escrevia sobre as diversas áreas do conhecimento, filosofia, política e literatura, Merquior tornou-se uma figura importante na crítica literária nacional. Era bem claro quanto à sua predileção ao movimento modernista na literatura, principalmente a geração de 22.
Palavras-chave: JOSÉ GUILHERME MERQUIOR, MODERNISMO, CANONIZAÇÃO
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