Na década de 1960, Hilda Hilst se transfere da cidade de São Paulo para uma chácara nas imediações de Campinas. Atribuindo a mudança à necessidade de escrever, a escritora idealiza e projeta a Casa do Sol como espaço de criação literária e, ao mesmo tempo, como morada. Assim, constrói uma residência pessoal que funcionaria, também, como residência criativa - espaço onde Hilst viria a produzir toda a obra literária que escreveria a partir de então e onde outros artistas produziriam suas obras. O presente trabalho apresenta uma leitura da Casa do Sol como mais uma obra de Hilda Hilst, conjugando os espaços de vida e de escrita literária. Abrigando as tensões entre vida e obra, subjetividade e vida literária, e tumultuando, também, os espaços do público e do privado, a Casa permite-nos situá-la no território das bioescritas.
Palavras-chave: CASA DO SOL, BIOESCRITAS, AUTORIA, HILDA HILST