O objetivo do presente artigo é o de apresentar a escrita da autora indígena canadense Emily Pauline Johnson e como ela foi relevante para o início da formação da literatura indígena dos povos ameríndios. A literatura indígena, na qual os textos de Johnson estão inseridos, deriva da tradição oral dos povos originários. Essa literatura em sua forma escrita tem seu início com o processo de colonização dos espaços indígenas pelo europeu. A questão da oralidade pode ser observada no conto „The lost island?, da coletânea Legends of Vancouver (1911), que recupera a lenda e o mito transmitido através desse processo da contação de histórias com o intuito de manter a tradição e de perpetuar as lições e os ensinamentos aos mais novos. É através da oratória, da escrita e da literatura que os povos indígenas se (re)afirmam e protestam contra a colonização, o ódio e a opressão. No âmbito de seu trabalho literário, Johnson contribuiu para mostrar a identidade de um povo e utilizou de sua voz e de sua escrita para garantir seu espaço e mostrar as marcas de violência e opressão de um período colonial. O aporte teórico foi retirado dos seguintes textos: „First peoples literature in Canada?, de Kateri Akiweenzie-Damm; „A distinctive genre within Canadian literature?, de Jeannette Armstrong; The Oxford companion to Canadian literature, de Eugene Benson e William Toye; „A duplicidade do sujeito indígena em Maíra e Kiss of the Fur Queen?, de Rubelise da Cunha; Paddling her own canoe: the times and texts of E. Pauline Johnson (Tekahionwake), de Carole Gerson e Veronica Strong-Boag; “Publica(c)tion”: E. Pauline Johnson?s publishing venues and their contemporary significance?, de Sabine Milz; The Cambridge companion to Native American literature, de Joy Porter e Kenneth Roemer e Contemporary American Indian literatures and the oral tradition, de Susan Berry Brill Ramírez.
Palavras-chave: LITERATURA CANADENSE, LITERATURA INDÍGENA, DISSONÂNCIA, PAULINE JOHNSON