A seguinte pesquisa tem como objetivo analisar a figura do nordestino migrante em terras Amazônicas no período da borracha nos romances de Carlos de Vasconcelos (Deserdados) e Abguar Bastos (Certos Caminhos do Mundo). Ao estudar os dois romances foi possível observar que os dois autores trabalharam a imagem desse homem de forma clara, crua e objetiva, tratando desde os planos dos mesmos em mudar de vida até a chegada destes na Amazônia, dando início a vida sofrida e a quebra de sonhos que foram traçados visando a mudança de vida através da ascensão da economia do látex. Tem-se como objetivo mostrar como os dois romancistas trataram este tema através de experiências, estudos, entre outros pontos que ajudaram a enriquecer e detalhar de forma realista as duas obras. Assim como Carlos de Vasconcelos e Abguar Bastos, outros autores se aventuraram na chamada “literatura amazônica”, como Jose Veríssimo (um dos pioneiros com relação a este tema) e Rodolfo Teófilo (também conhecido pela sua clareza em relatar uma Amazônia que fora ilusória para muitos), entre outros romancistas que enriqueceram o campo literário onde, mesmo sem o reconhecimento merecido, fizeram das obras amazônicas partes indispensáveis para o estudo cultural, social e geográfico da região norte e, sem dúvidas, do país.