Neivana Rolim de LIMA, Maria Luiza Germano de SOUZA
Esta pesquisa versa acerca do romance Capitães da Areia (2008) do escritor baiano Jorge Amado. O foco a ser dado será a Literatura e Autoritarismo, a ficcionalização da violência e da resistência que se apresentam como fios condutores da obra. Para tanto, investigaremos que a experiência da formação social calcada em condutas autoritárias e opressivas contribui sistematicamente para a desumanização do sujeito, uma vez que as linhas de força que compõem a narrativa são o autoritarismo e a resistência. Dito isto, propomos analisar como a vida de alguns personagens da narrativa é permeada por estes fatores, entre eles, Sem-Pernas e Pedro Bala. Nesse sentido, pretendemos investigar no presente estudo três aspectos da violência, a física, a psíquica e a moral, que compõem a tessitura do livro. Posto que os personagens estudados atuam como membros de um grupo de crianças abandonadas e que vivem de pequenos delitos, os chamados Capitães da areia. Para obter os objetivos aqui elencados, contamos com os estudos de Ginzburg (2000), Bosi (2002), Saffioti (2004), Schollammer (2008), Dalcastagnè (2008), Pellegrini (2008) entre outros que abordam questões relativas à representação de grupos excluídos na Literatura Brasileira.
Palavras-chave: Capitães da Areia. Literatura e Autoritarismo. Resistência.