A concepção de cinema de autor nasce na França na década de 1950 e encontra seu lar e execução no Brasil de 1960, com o Cinema Novo e o Cinema Marginal. O presente artigo objetiva traçar um panorama histórico e encontrar definições do que seja um "autor" no cinema, além de encontrar paradigmas temáticos e estéticos em Terra em Transe (1967) a fim atribuir e ratificar o status de autor a Glauber Rocha, um dos mais importantes cineastas brasileiros. Assim, serão esboçadas as influências da literatura na escrita cinematográfica, ou melhor, crítica cinematográfica, que foi tão forte nos críticos e teóricos que especularam as diretrizes do cinema de autor. Portanto, num primeiro momento revela-se o lado escritor de Glauber Rocha, compondo seu pensamento teórico e ideológico do que venha ser um autor no cinema; em seguida, prestigia-se resumidamente características dos filmes de Glauber Rocha e, por fim, foca-se na análise fílmica de Terra em Transe.
Palavras-chave: Glauber Rocha; cinema de autor; Cinema Novo; cinema brasileiro; Terra em Transe.