O presente artigo propõe-se ao relato de experiência inicial, realizada em uma instituição de ensino federal do Rio de Janeiro. O projeto, ao explorar a Literatura por meio da corporeidade, surge na tentativa de aproximar o aluno dos estudos literários, após constatação de um distanciamento gerado pela diferença da linguagem e do contexto em que os textos foram produzidos – especialmente quando tratamos dos conteúdos destinados à primeira série do ensino médio, a que me atenho nessa fase inicial. Parte de uma necessidade de repensar a prática do ensino da Literatura na escola, por meio de atividades que tentam traduzir no corpo a palavra literária. Aproximar o aluno dos textos literários pode partir de um caminho mais afetuoso se ele puder perceber, por meio da experimentação no próprio corpo, o quanto somos, em nossa essência humana, tantas vezes atravessados pelos mesmos temas. Diante das dificuldades testemunhadas pela vivência como professora de Literatura, surge a motivação do esboço de mudança que se tenta projetar. Para tanto, este texto é, primeiro, um compartilhamento de angústias e desejos: constrói-se por um caminho de descrição da atividade proposta, seguida de relatos dos alunos sobre a prática experimentada, e abre-se para a escuta de possíveis desdobramentos da pesquisa que aqui se apresenta.
Palavras-chave: Literatura. Corpo. Escrita. Movimento.