Este artigo interpreta o romance Cerimônias do sertão (2011) do escritor mato-grossense Ricardo Guilherme Dicke. Nele procuramos marcas distintivas do tempo presente, denominado aqui de pós-moderno, em meio à fratura e indistinção do que não se pode apreender, mas que se busca, identificamos a angústia como resultante dessa busca. Homens narrativa no relevo do romance encarnam o processo de movimento do corpo que não se adequa, dá um passo à frente, embora possa se deparar com o abismo. As questões teóricas levantadas na nossa argumentação, foram guiadas pelo pensamento de Zigmunt Bauman (1997); Giorgio Agamben (2009) e Terry Eagleton (1998). A beleza como motivo maior da busca no romance, foi interpretada primeiro pelo aspecto físico, filosófico e estético. O corpo, as questões que o implicam, a adoção do termo “vagabundo” para o herói deste tempo multifacetado, desencadearam reflexões às quais nos debruçamos neste artigo cuja referência é a obra do romancista mais celebrado na atualidade em terras mato-grossenses.
Palavras-chave: Dicke. Busca. Angústia. Pós-modernismo Este