O trabalho analisa as fotografias dos escritórios de Haroldo de Campos e Luis Fernando Veríssimo, publicadas no livro O lugar do escritor, de Eder Chiodetto, a fim de destacar neles a presença de suas coleções particulares, para nelas observar a singularidade que cada objeto adquire dentro de uma coleção e, ao mesmo tempo, compreender o desejo de acúmulo por parte do colecionador. Sendo esses escritórios lugares de criação literária, ou seja, o território do escritor, percebe-se que este espaço apresenta marcas de individualidade do ser que o habita. As referidas fotografias revelam o detalhe da coleção pelas escolhas para o enquadramento, o foco de luz, o zoom e a perspectiva escolhida para o disparo da máquina fotográfica, destacando assim o valor, por vezes sentimental, dado a cada um dos objetos que se torna parte de um ambiente. Fundamenta-se esse trabalho a partir dos estudos de Walter Benjamin (2011), Roland Barthes (2011), Georges Perec (1985), Miguel Sanches Neto (2011), Leo H. Hoek (2006), Márcia Arbex (ainda não publicado).
Palavras-chave: Coleção. Fotografia. Espaços de criação literária.