Este artigo visa a expor uma pesquisa de abordagem qualitativa sobre os textos dramáticos Dois perdidos numa noite suja (1966), do autor santista Plínio Marcos de Barros, e O assalto (1969), do escritor mineiro José Vicente. O objetivo basilar é comparar os dois textos a fim de verificar como se constroem os conflitos internos nos protagonistas de ambas as obras. Buscaremos assinalar algumas semelhanças entre os textos, tais como uso de dois personagens num ambiente privado, a desconstrução e sátira de papéis sociais, o trabalho com diálogos interpessoais e erupções épico-líricas no seio do drama. Apoiamos o desenvolvimento desse raciocínio nas teorias de Peter Szondi (2001; 2004) acerca dos dramas burguês e moderno; nas críticas de Paulo Roberto Vieira de Melo (1993) e Décio de Almeida Prado (1967) acerca da obra pliniana; e nas apreciações de Ana Lúcia Vieira de Andrade (2005) e Sábato Magaldi (1969) sobre a geração de 1969 e O assalto. Com finalidade exploratória, a pesquisa possui o levantamento bibliográfico como procedimento técnico e se fundamenta nas ferramentas de análise literária e teatral, tendo como foco a teoria do gênero dramático e os textos críticos do moderno teatro brasileiro. Sua natureza é básica, pois nosso objetivo é construir novos conhecimentos úteis para o progresso da ciência, abarcando verdades e preocupações universais que se articulam entre arte e sociedade.
Palavras-chave: Moderno teatro brasileiro. Plínio Marcos. José Vicente. Teatros íntimos.