O angolano Agostinho Neto (1922-1974) e o cubano Nicolás Guillén (1902-1989)
viveram a História de seus respectivos países ativamente por meio de suas atividades políticas e
poéticas. Ambos usaram a poesia como escudo para suas lutas e, sobretudo, como arma de ataque
à colonização, à ditadura e à alienação nacional. Contudo, considerando o eu-lírico como um
sujeito criado pelo poeta (que é privilegiado, embora também seja colonizado), o texto que segue
propõe refletir sobre as vozes que estão representadas nas poesias.