Este estudo examina a infância de Rísia, narradora/protagonista do romance As
Mulheres de Tijucopapo, da escritora Marilene Felinto. Focamos nas experiências de sua
vivência, que significaram as castrações impressas em sua paisagem subjetiva e o consequente
sentimento de raiva, de ódio e de rancor que insuflaram sua marcha na recomposição do seu eu
fraturado. Sob o aporte teórico de Ariès (1978), no percurso da categorização da infância, e
Goleman (2011), Spielberger e Baggio (1992) na definição e problematização do sentimento de
raiva, percebe-se como a criança Rísia desenvolveu e lidou com este sentimento, durante toda a
sua vivência.