É para o aspecto revolucionário, em seu espírito de renovação, transgressão e ruptura
permanentes do movimento romântico, e, ao mesmo tempo, para produções literárias brasileiras
– os romances românticos – que se volta esta proposta. Na contramão de certa cristalização crítica,
advinda de nossa tradição historiográfica, pretende-se reler alguns aspectos de nossos romances
românticos – A moreninha (1844), Memórias de um sargento de milícias (1852/1853), Sonhos
d’ouro (1871) e Inocência (1872) –, à luz de certa crítica mais recente, com vistas a pensá-los a
partir do caráter de ruptura e de questionamento próprio do gênero romance, que, no caso
brasileiro, é criado no Romantismo.