Este trabalho investiga, a partir de Berkeley em Bellagio (2002), de João Gilberto
Noll, a dinâmica da profanação do corpo construída por seus personagens como uma potência
de resistência às tecnologias de poder das sociedades contemporâneas. Dessa forma, objetiva-se
ler na obra em questão, tendo em vista as contribuições teóricas propostas por Giorgio Agamben
em Profanações (2007), a profanação do corpo como um mecanismo de contrapoder que
propicia aos sujeitos contemporâneos um deslocamento da regulamentação biopolítica às
possibilidades de ressignificação do livre uso de seus corpos.
Palavras-chave: João Gilberto Noll; Corpo; Profanação