Nos anos que seguem o chamado "giro linguístico", em que o crítico e historiador
estadunidense Hayden White iniciou uma exploração das dimensões linguística, estética e
retórica da escrita da história, emerge em mesmo ritmo um desconforto com o obscurecimento
das fronteiras entre história e literatura. Com frequência, historiadores recorrem aos argumentos
da evidência e da autoria para reassegurar a fronteira. Esta comunicação pretende problematizar
o quanto há de retórico e estético na inclusão das evidências históricas no código linguístico e o
quanto isso permite problematizar a estabilidade do conhecimento histórico.