Linda Maria de Jesus Bertolino (UnB), Rogério Lima (UnB)
O presente estudo tem como objetivo refletir sobre testemunho, memória e violência
em Diário de Bitita (2014), da escritora Carolina Maria de Jesus, sujeito que vivencia e
testemunha a violência e que termina por fazer da escrita narrativa um instrumento de liberdade
e resistência. Nele buscarei mostrar acontecimentos silenciados pela memória e história, e como
se dá a representação da memória a partir da vivência de quem sofreu e testemunhou todos os
tipos de exceção de direitos humanos, em uma sociedade tipicamente orientada por valores
culturais brancos. Para desenvolver tais reflexões recorro às ideias de Paul Ricouer (2007) e de
Giorgio Agamben (2017).