Por meio de ficcionalizações construímos conceitos a respeito das coisas presentes no
mundo em que vivemos. O corpo feminino também foi e é alvo de ficcionalizações. A literatura,
sendo mecanismo de representação, se utilizou de muitos desses “referentes” para construir
imagens e reproduzir estereótipos a respeito das mulheres. Nosso trabalho visa mostrar como
essas construções se deram. Para tal tarefa utilizamos, principalmente, os autores Wolfgang Iser
(2013) e Judith Butler (2016). Esses últimos confluem com a ideia de que as representações se
dão mediante performances, são criações, ou seja, não são “naturais”. Dessa forma, buscamos
mostrar os mecanismos de criação das ficções do feminino e como elas se fixaram.