O fantástico é, em sua essência, um discurso de revelação que, pela hesitação entre
realidade e sonho, coloca em cheque os critérios de criação. Estudar as obras arquitetônicas pela
dimensão do fantástico é diferente de estudar as mesmas obras numa perspectiva histórica. Tal
dimensão permanece ignorada enquanto procedimento e tomada por livre expressão do arquiteto
como artista. A arquitetura fantástica representa uma forma de escapismo, assim como a arte
representa o refúgio da loucura. O fantástico e o erudito estão em contraposição nos sistemas de
classificações, mas classificar não é uma ação neutra, nem ingênua. Sugere-se que o fantástico
pode ser estudado como uma categoria compositiva – e não excludente - para os espaços da
arquitetura e da cidade.
Palavras-chave: Arquitetura; gênero fantástico; classificações.