Este artigo apresenta uma releitura do conto “Ed e Tom”, de Silviano Santiago.
Principia o percurso, analisando como os dados temporais estão dispostos no texto. Em seguida,
observa a forte presença da metalinguagem, evidenciando que, nela, se performa o narrador e, a
partir dela, surgem indícios de autoria. Por último, analisa o uso sutil (e recorrente) da metáfora,
como dispositivo que amplia as possibilidades inventivas da narrativa em voga. Ancora a
argumentação em aportes-teóricos pertinentes à investigação acerca da autoria, como os de
Roland Barthes, Roger Chartier, Eurídice Figueiredo, Leonor Arfuch e outros autores que
dialogam com o recorte temático proposto.
Palavras-chave: Autoficção; “Ed e Tom”; Metalinguagem; Temporalidade.