Magnólia Ferreira Cruz da Paixão (UEFS), Adeítalo Manoel Pinho (UEFS)
Sendo fruto da diáspora africana oriundo, portanto, das margens do tecido social,
o menino negro vendido pelo próprio pai como escravo, mesmo tendo nascido livre,
tornou-se autodidata, poeta, advogado, jornalista e um dos pioneiros a contribuir para a
representação e valorização da identidade e da voz do negro na literatura brasileira. Este
trabalho lança um olhar sobre o pensamento de Luiz Gonzaga Pinto Gama ou
simplesmente Luiz Gama no campo social e político do século XIX. Além disso, deve-se
perceber a relevância das poesias de cunho satírico sobre a sociedade da época e o quanto
estas contribuíram para a tomada de consciência com relação às causas do negro e as
questões étnico-racial vividas pela sociedade do século XIX. São trazidos para o debate,
textos de Luís Gama, extraídos da sua única obra Primeiras trovas burlescas de Getulino
(2000), sob a ótica crítica de Zilá Bernd, Lígia Fonseca Ferreira, Eduardo de Assis Duarte
e outros.
Palavras-chave: Luiz Gama; Primeiras trovas burlescas de Getulino; Literatura brasileira