Fronteira (1935), obra de estreia de Cornélio Pena (1896-1958), vem atraindo, nos
últimos anos, a atenção de muitos estudiosos da literatura gótica no Brasil, tais como Fernando
Monteiro de Barros (2014) e Josalba Fabiana dos Santos (2012). Os estudos contemporâneos
têm aprofundado a percepção de Luís Costa Lima, que, no livro “A perversão do trapezista”
(1976), primeiro chamou atenção para os aspectos góticos do romance do escritor petropolitano.
A comunicação ora proposta pretende justamente desenvolver essa hipótese, ao descrever
“Fronteira” como uma das primeiras e mais bem acabadas realizações do que iremos chamar de
“Gótico Brasileiro”, em oposição à ideia de “Gótico no Brasil”.
Palavras-chave: Ficção; Narrativa; Literatura Gótica