O presente artigo analisa uma obra ficcional do período Pós Onze de
Setembro publicada nos Estados Unidos por um autor proveniente do Afeganistão, país
predominantemente islâmico, marcado pelo impacto da chamada “guerra contra o terror”. O
propósito é atentar para as construções imagéticas de personagens no romance The Kite
Runner (2003) de Khaled Hosseini, observando como as soluções narrativas
inscrevem posicionamentos políticos e, assim, ratificam binarismos de gênero, etnia e classe
social. A obra atende a uma agenda política que projeta a supremacia americana e retrata o
Oriente Médio como tribal e arcaico, em oposição ao Ocidente através de um informante nativo.
Palavras-chave: Oriente Médio; Literatura Americana; Pós-colonial