Em Como me tornei freira, César Aira apresenta uma diluição de elementos
autorreferentes, como o nome próprio do autor, na sua narrativa. Acredita-se que o escritor
mobilize a autoficção enquanto procedimento capaz de gerar narrativas altamente ambíguas,
provocativas e desestabilizadoras. Tomando por ponto de partida a obra de Aira, propõe-se uma
reflexão acerca dos limites da literatura e de seus imbricamentos com formas narrativas como as
autobiográficas. Acredita-se que se apresenta na literatura de César Aira, mais que uma
provocação, uma exortação frente à necessidade de se refletir sobre literatura, limites da ficção,
lugar da tradição e formas narrativas as mais diversas, inclusive as mais recentes.