Amefricanidade e o processo de construção identitária de Maryse Condé no capítulo "Leçon d'histoire" do livro Un Coeur à rire et à pleurer.

PÔSTER - XIX ENCONTRO ABRALIC

Carolina Morais Lima

ORIENTAÇÃO: Alcione Correa Alves

RESUMOS: O processo de colonização sofrido nas Antilhas, mais precisamente se falando em Guadalupe, ilha natal da autora Maryse Condé, objeto desse estudo, atinge diretamente o processo de constituição da identidade, pois com a chegada dos europeus toda a cultura, tradições, religiões e até mesmo a língua do povo local foram subalternizadas e substituídas pelo o que é do colonizador. Os negros escravizados eram tidos como objetos e não pessoas, essa desumanização da pessoa negra reflete diretamente na sua construção identitária. Portanto, este trabalho tem por objetivo fazer uma análise do capítulo Leçon d’histoire do livro autobiográfico Un coeur à rire et à pleur da escritora guadalupense Marise Condé, buscando investigar as questões identitárias, a aceitação da condição de negra e a busca por suas origens, além disso, fazer uma relação entre o processo de construção identitária de Condé com o conceito de amefricanidade da autora brasileira Lélia Gonzalez, conceito esse que está ligado a resistência do povo negro contra a dominação do colonizador, do branco europeu. Para fundamentar esta pesquisa recorreremos a autores como Gonzalez (1988), Fanon (2008), Glissant (2005), Munanga (2012), entre outros.

PALAVRAS-CHAVE: Construção identitária. Amefricanidade. Afrodescendentes. Racismo. Antilhas.

REFERÊNCIAS: FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: Edufba, 2008. GONZALEZ, Lélia. “A categoria político-cultural de amefricanidade”. Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, n. 92/ 93, p. 69-82, jan./jun. 1988a. GLISSANT, É. Introdução a uma poética da diversidade. Tradução de Enilce Albergaria Rocha. Juiz de Fora: Ed.UFJF, 2005. MUNANGA, Kabengele. Negritude: Usos e Sentidos. 3 edição. Ed Autêntica. Belo Horizonte MG, 2012. Kindle Edition.