ORIENTAÇÃO: Yuri Jivago Amorim Caribé

RESUMO: Esta pesquisa traz uma breve análise do conto A Maldição de Yig, de H. P. Lovecraft e Zealia Bishop, publicado em 1929, com base no trabalho de Schilb e Clifford (2014). Consideramos inicialmente a importância de H.P. Lovecraft para a literatura americana, como também comparamos A Maldição de Yig a outros contos de H.P Lovecraft em termos de escrita, buscando identificar características comuns entre os contos publicados pelo autor. Além disso, trazemos uma reflexão sobre algumas questões sociais inseridas em A Maldição de Yig, quais sejam o racismo e o preconceito religioso. Nosso objetivo foi compreender o contexto social de produção literária da obra. Lovecraft e Bishop usaram aspectos culturais e tradições religiosas dos povos indígenas americanos nativos em A Maldição de Yig (cobras, cultos e superstição). Além disso, percebemos traços de racismo, ofidiofobia e xenofobia nesse conto. Dentro das reflexões sobre preconceito religioso, analisamos elementos que podem ter sido usados pelos autores como forma de expressar sua intolerância para com os costumes e tradições dos povos indígenas nativo americanos. Assim, para embasar esta pesquisa, foram consultadas algumas fontes relacionadas especialmente aos Estudos Culturais. Enfim, discutimos o tema do racismo segundo os conceitos de Lawrence Blum (2002), bem como o do preconceito religioso através do trabalho de Kristin Anderson (2009).

PALAVRAS-CHAVE: racismo; literatura americana; H. P. Lovecraft; A Maldição de Yig; contos de terror.

REFERÊNCIAS: ANDERSON, Kristin J. Benign Bigotry: the psychology of subtle prejudice. 1. ed. New York: Cambridge University Press, 2009. BLUM, Lawrence. Racism: What It Is and What It Isn’t. Kluwer Academic Publishers: Studies in Philosophy and Education, Netherlands, n. 21, p. 203-218, 2005. SCHILB, John; CLIFFORD, John. A brief Guide to Arguing about Literature. 2. ed. New York: Macmillan Learning, 2014. LOVECRAFT, H. P. A maldição de Yig. Trad. Luciano Santiago. Recife: Lanobooks, 2015.