ORIENTAÇÃO: Rafaela Scardino Lima Pizzol

RESUMO: A marginalização feminina pode ser vista em todos os âmbitos da vida, e é estudada por diversas ciências. A literatura também pode ser uma ferramente de estudo, especialmente quando aliada com outras ciências como a antropologia. Os antropólogos Shirley e Edwin Ardener (apud SHOWALTER, 1994) descreveram o conceito de zona ou território selvagem, e Elaine Showalter (1994) o aplicou aos estudos de gênero como forma de demonstrar como existem facetas da vida feminina que são inalcançáveis para homens cisgênero. A Geração Beat, famosamente conhecida por Jack Kerouac, Allen Ginsberg e William Burroughs, era composta majoritariamente por homens. Contudo, algumas mulheres foram capazes de adentrar nesse território masculino (ou dominante, como os Ardener propõem) e expor seu lado, o do território selvagem, através de sua literatura. Nos propomos, portanto, a compreender o modo como as mulheres Beat eram tratadas pelos homens e como essas mulheres conquistavam suas vozes para além do que os homens as permitiam através de suas obras.

PALAVRAS-CHAVE: Geração Beat; ginocrítica; território selvagem; Diane di Prima.

REFERÊNCIAS: SHOWALTER, Elaine. A crítica feminista no território selvagem. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (Org.). Tendências e impasses: O feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. Cap. 1. P. 23-57. Trad. Deise Amaral.