ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:823-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">823-1</td><td><b>Oriente/Ocidente: memórias da imigração no relato de Salim Miguel</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Ana Cláudia de Oliveira da Silva </u> (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Na cena literária contemporânea são recorrentes as narrativas que elegem a imigração como tema. São exilados, imigrantes ou desterrados que, de uma situação periférica, passam ao centro da narrativa, assumem a narração do relato e contam sua própria história. Além disso, a figura do exilado e sua representação no espaço literário põem em evidência uma complexidade e uma pluralidade de olhares. Isso ocorre por que o imigrante, além de atravessar fronteiras geográficas,  rompe barreiras do pensamento e da experiência (SAID, 2003, p.53) ao transitar entre duas culturas diferentes. Assim, ele adquire uma consciência contrapontística, de dimensões simultâneas, pois suas experiências na nova terra ocorrem contra o pano de fundo da memória de sua vivência em outro ambiente. Nesse cenário, de travessia entre mundos, culturas e tradições, é que se inscreve a narrativa de Salim Miguel, bem como a sua própria experiência de vida enquanto imigrante árabe. Nur na escuridão (1999) conta a história de uma família de libaneses que decide abandonar sua terra natal e emigrar rumo às Américas, buscando melhores condições de vida. A travessia dessa família entre mundos tão distintos, como são o Oriente e o Ocidente, constitui-se como marca indelével no modo de ser e sentir das personagens e do próprio narrador. A história é contada por meio de um intrincado jogo memorialístico, que alterna fatos, tempos e lugares, desde a saída desse grupo familiar de sua terra de origem e chegada ao Brasil até a morte do patriarca Yussef Miguel. Nur, palavra árabe que em português significa luz, será a primeira palavra aprendida no novo País pelo patriarca:  palavra que jamais esqueceria e [que] lhe abre as portas do novo mundo (p. 2). A luz será uma busca constante em meio à escuridão do passado, das memórias incompletas, perdidas no  mais fundo do tempo , no  escuro abismo (p. 15). Esforço empreendido não apenas pelas personagens que rememoram, mas também pelo narrador do relato, que procura tecer, harmonicamente se possível, as memórias dispersas dessa família de imigrantes. A partir dessas considerações iniciais, este trabalho busca verificar na narrativa a função do narrador e sua relação com o discurso memorialista sem esquecer a temática da imigração e do deslocamento, visto que eles constituem-se, mesmo que de forma transversal, em chave de leitura.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>