ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:690-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">690-1</td><td><b>Correspondência entre Mário de Andrade e Ascenso Ferreira: configurações estéticas e processos sociais no século XX.</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Edna Maria Rangel de Sá </u> (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Escrever cartas era uma atividade essencial à maioria dos intelectuais brasileiros até a segunda metade do século XX, quando ainda não era tão evidente o domínio da tecnologia informacional computadorizada nas comunicações interpessoais. Vista como uma memória cultural documentada, a produção epistolar pode se caracterizar também como um registro de dimensão não-institucional, no contexto do espaço material, simbólico e funcional construído e gerido pela intelectualidade que historicamente se organiza em torno do poder. Nesse contexto, os indivíduos e instituições implicados nas questões tratadas pelos autores das cartas podem ser vistos como agentes culturais que dão forma a universos de interesses distintos, revelando tensões implicadas nas relações sociais. Esses agentes culturais constituem, via de regra, uma elite cultural da sociedade, aspecto que interessa a uma pesquisa que analise as formas de filtragem das dominantes culturais de determinados períodos. A presente pesquisa intenta discutir de que forma de configura a estética do modernismo através das cartas trocadas entre o poeta pernambucano Ascenso Ferreira e o escritor paulista, Mário de Andrade. Ascenso Ferreira foi um poeta que permaneceu  à margem da grande festa literária e dos prestígios dos quais usufruíram os escritores que ganharam destaque. Contudo, trata-se de um poeta com um extremo compromisso com a realidade do Nordeste, expresso numa linguagem coloquial e bem ao gosto modernista, com seus falares brasileiros. Mário, poeta paulista já consagrado, regente do movimento que tem seu estopim na capital paulista, se espalhando por todo o país através de publicações em revistas, jornais e, principalmente, através da vasta correspondência de Mário de Andrade com escritores e intelectuais de todo o país. A leitura dessa correspondência revela nuances dessa amizade literária sugerindo as influências do escritor paulista na obra de Ascenso Ferreira, assim como as muitas contribuições, como o envio de modinhas, partituras e de outras pesquisas em música, para Mário de Andrade.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>