ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:33-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">33-1</td><td><b>Adaptação na Tradução: a Poesia Experimental de Harryette Mullen em Português</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Lauro Maia Amorim </u> (UNESP-IBILCE - Universidade Estadual Paulista) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Esta comunicação discute o papel da adaptação na tradução, por mim realizada, de poemas das obras <i>Muse & Drudge<i> (1995) e <i>Sleeping with the Dictionary<i> (2002), da poetisa afro-americana Harryette Mullen, para a língua portuguesa. Harryette Mullen é uma autora contemporânea em ascensão, cuja densa poesia versa sobre a oralidade negra, o experimentalismo da escrita, a música afro-americana, além de focalizar temas como a representação da sexualidade feminina negra e a violência. A poesia de Mullen explora os limites da textualidade da poesia negra, conduzindo a uma análise das relações entre linguagem e realidade, e de como identidades são formadas e instituídas. Os desafios de se traduzir sua poesia incluem as referências intertextuais ao blues, ao jazz, à cultura pop, como também o uso recorrente de jogos de palavras que denunciam duplos sentidos. Em vista das complexidades culturais, linguísticas e estéticas da poesia de Mullen, a sua tradução significa entrelaçar-se em ambiguidades linguísticas e referências culturais recriadas em português de modo a produzir efeitos de sentido e de intertextualidade que possam dialogar reciprocamente com o texto original. Entre as possibilidades de se construir essa reciprocidade na tradução encontra-se a adaptação, como recurso tradutório, que, em certos momentos, viabiliza a recriação de novas relações de sentido engajando, assim, o leitor na textualidade do poema, a partir de referências culturais brasileiras. Esse entrecruzamento entre o traduzir e o adaptar não deve significar, no entanto, o apagamento das diferenças que são construídas e atribuídas a esses termos, do ponto de vista social, ideológico e discursivo. Nesse sentido, mantenho os dois termos em conjunção não para indicar um limite que os separe universalmente, mas para indiciar sua relação de contiguidade e reelaboração, conduzida sob critérios determinados, em contextos particulares. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>