Entre os muitos diálogos estabelecidos por meio da linguagem teatral, os signos representados através da aparência do ator são aqueles que se comunicam de forma mais imediata com o público. Considerados por alguns teóricos como o “cenário móvel” do teatro, o figurino, de forma combinada com o penteado e com a maquilagem, é um dos grandes responsáveis pela geração de significados na encenação de um espetáculo teatral. Presença constante na representação dramática desde as suas origens, além da função cênica que se encontra vinculada à ação, o figurino teatral permite também uma leitura da moda e do comportamento da sociedade de uma determinada época. Entendendo-se a importância do sistema sígnico do vestuário para a construção de sentido e também para as (re) significações do texto dramático shakespereano, este trabalho realizará uma leitura semiótica do figurino em duas adaptações cinematográficas: Shakespeare Apaixonado (1999) e A Tempestade (2010). A fundamentação teórica da análise será subsidiada por FISCHER-LICHTIE (1992), LAVER(1999) e HUTCHEON (2011).
Palavras-chave: TEATRO SHAKESPEREANO. CINEMA. FIGURINO.