Os poemas selecionados de Pedro Casaldáliga, religioso espanhol que escreve em Mato Grosso desde a década de 60, e do poeta angolano Agostinho Neto (1922 – 1979), que ora encontram-se na presente comunicação, foram analisados a luz das reflexões advindas dos escritos de Benjamim Abdala Junior (A Escrita Neo-Realista, 1981 ; Vôos e Ilhas: Literatura e comunitarismos, 2003 e Literatura Comparada & Relações Comunitárias, Hoje, 2012) e de Ernst Bloch (Princípio Esperança, 2005). As constatações a serem discutidas aqui parecem reforçar a ideia de que na construção do fazer literário e linguístico destes escritores, podemos perceber o poder da palavra que se lê para além da estrutura formal. A reflexão crítica dessa informação pode nos revelar que os autores em questão, utilizam-se de seu ofício de poeta lutando pelos direitos do homem (direito a vida, direito a terra, direito a liberdade...) que sofre as mazelas de uma sociedade capitalista e exploradora.
Palavras-chave: Comparativismo literário. Literatura e sociedade. Utopia.