Denise Dias, Maria Teresinha Martins do Nascimento
Este trabalho analisa os procedimentos estéticos literários através dos processos de hibridização nos romances: Mar morto e Capitães da areia, de Jorge Amado. As relações de identidades, de representações são elucidadas pela contribuição sociológica na ótica da teoria de hibridismo de Homi K. Bhabha, Mikail Mikhailovitch Bakhtin, Nestor Canclini, Stuart Hall e, da teoria literária, de Antonio Candido, Alfredo Bosi, Irlemar Chiampi, entre outros. Observado principalmente, no que se refere à construção das personagens femininas das obras escolhidas, Lívia e Dora, respectivamente, levando em conta a condição da mulher na década de 1930. A metodologia de natureza qualitativa apoia-se no raciocínio por dedução. A reflexão leva à percepção de que a narrativa se constrói um universo literário mesclado, híbrido, que estimula a leitura profunda das identidades brasileiras contemporâneas e, para interpretá-las é necessária uma ação intercultural, e interdisciplinar aproximando-as do reflexo da realidade social, da miscigenação, e do hibridismo cultural.